Mais popularmente conhecida por sua sigla, a Lei Geral de Proteção de Dados foi sancionada em agosto de 2018 e entrou em vigor em 2020. Em suma, tem o intuito de garantir mais transparência e segurança quando se fala em transferência e divulgação de dados online. Ela é baseada na famosa GDPR, lei europeia que procura fazer a mesma regulamentação.
Na prática, a LGPD estabelece regras importantes sobre a coleta, armazenamento e compartilhamento de dados na internet. Em outras palavras, um site ou aplicativo não pode pedir informações sobre os usuários sem deixar claro como vai usá-las, assim como não pode compartilhar ou fazer uso delas como bem entender. Caso isso seja desrespeitado, as multas podem chegar à cifra de R$50 milhões.
Como adaptar o site da sua farmácia de acordo com a LGPD
Solicitar informações dos visitantes e usuários no site da sua farmácia é imprescindível para criar e desenvolver a base de clientes e poder fazer ações de marketing, como envio de comunicações para atraí-los aos seus produtos. Com a LGPD, você não deixará de pedir esses dados, no entanto, é preciso ficar atento à maneira como isso será feito.
Veja algumas dicas simples para adequar seu site à nova legislação e evitar grandes dores de cabeça:
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Pedir o consentimento do usuário para o uso dos dados
Ao coletar quaisquer dados pessoais, a sua empresa precisa que o dono desses dados (titular) esteja ciente disso. A LGPD, em seu artigo 8º explica que o consentimento “deverá ser fornecido por escrito ou por outro meio que demonstre a manifestação de vontade do titular”, como um pequeno formulário ou uma simples autorização no site. Inclusive, a obrigação de comprovar a solicitação e fornecimento do consentimento é do controlador, ou seja, a sua farmácia.
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Ao pedir dados, informar claramente como você pretende utilizá-los
É importante ter em conta também que esse consentimento precisa ser solicitado com um fim específico e que as “autorizações genéricas para o tratamento de dados pessoais serão nulas”. Em outras palavras, é preciso ter transparência com o usuário, deixando claro como essas informações serão usadas, por quais canais e se serão compartilhadas. Se houver mudanças para o tratamento de dados pessoais que não sejam compatíveis com o consentimento originalmente fornecido pelo titular, o usuário deve ser avisado previamente e tem ainda a opção de revogar o consentimento.
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Atualizar a política de privacidade
A política de privacidade, em suma, é um documento que informa os procedimentos adotados pelo seu site ou aplicativo em relação ao manuseio de informações. O objetivo é esclarecer o que será feito com os dados inseridos em um formulário de cadastro e a finalidade da utilização. Isso inclui também a necessidade de especificar alguns itens como:
- a realização ou não de compartilhamento de informações com outras empresas;
- o período de armazenamento dos dados;
- se há possibilidade de a navegação ser feita anonimamente;
- os padrões de segurança usados na página para processar as transações.
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Informar sobre o uso de cookies
Nem sempre a coleta do consentimento para uso de dados é complexa. Há muitos exemplos de sites de notícias que informam o uso de cookies para melhorar a navegação e que, ao continuar navegando, o usuário aceita que façam isso. Nesse sentido, independentemente de quais dados serão captados, é importante deixar os visitantes cientes desse consentimento.
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Oferecer ao usuário acesso aos dados registrados
Outro ponto de atenção é que os sites devem permitir que o usuário tenha acesso aos dados que foram registrados pelo período de manuseio. A lei não delimita como os dados devem ser apresentados, mas em todo caso o acesso precisa ser liberado.
Conheça a LGPD e proteja sua farmácia e seus clientes
Como você viu, a LGPD veio para trazer mais transparência e segurança ao mundo digital. Adaptar-se a ela é investir em um melhor relacionamento da sua farmácia com os seus clientes. Não deixe de fazer as adequações necessárias para continuar entregando um ótimo serviço online.