Os triglicerídeos de cadeia média (TCMs) constituem a principal forma de gordura presente na dieta humana e foram introduzidos na clínica há aproximadamente 50 anos. Eles são gorduras saturadas únicas. Porém, é um equívoco comum considerar que todas as gorduras saturadas são ruins e, portanto, devem ser evitadas. Os ácidos graxos de cadeia média, têm propriedades especiais, sendo facilmente absorvidos e convertidos em corpos cetônicos no fígado poucos minutos após a ingestão. Esta propriedade os distingue das gorduras saturadas de cadeia mais longa, que constituem 99% das gorduras saturadas na dieta ocidental.

Em comparação com os carboidratos, os corpos cetônicos são considerados um combustível superior de metabolização mais rápida para uso imediato, sendo uma excelente fonte de energia para o organismo.

Todas as células de gordura são constituídas por fios de carbono e hidrogênio. As gorduras de cadeia curta têm menos de 6 carbonos, as de cadeia longa têm de 13 a 21 e as gorduras de cadeia média têm de 6 a 12. Os TCMs são compostos por ácidos graxos em cadeia, que são hidrolisados por ação da lipase pancreática e absorvidos no duodeno mais rapidamente do que os ácidos graxos de cadeia longa (AGCL), demonstrando a sua eficiência em oferecer energia quando comparado as demais cadeias de triglicerídeos.

Os TCMs chegaram ao mercado pela primeira vez na década de 1950. Em seguida, eles desapareceram quase completamente até apresentar uma crescente popularidade, por conta do óleo de coco. Além do próprio TCM isolado, o óleo de coco é a fonte mais rica de triglicerídeos de cadeia média, com um teor médio de 60% de TCM.